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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 10/6/2022 7:28

Sim vais ter direito a que o SNS se resuma a contratar executores e psicólogos. Uma máquina de matar.

A questão do referendo é extremamente importante porque obriga a um debate aberto e transparente que é o pilar fundamental da democracia. Um dia alguém vai desejar ter cuidados paliativos que é um direito e vai receber uma pastilha com veneno.

Em Portugal a própria constituição e genética não permitem a existência de partidos liberais. Honestamente para mim a eutanásia devia ser auto prescrita. Vais à farmácia assinas um papel compras o comprimido e já está.

O referendo seria uma ferramenta que permitiria assegurar de certa forma que não se vai gerar todo um engenho anti ético, com uma máquina burocrática que vai desviar recursos das verdadeiras necessidades. Ou seja assegurar que a eutanásia não prejudicaria o normal funcionamento da saúde.

A eutanásia na forma que se debate não é um direito nem uma liberdade. Antes pelo contrário é a burocratização da morte. Uma tentativa de estatizar o momento final da vida com meandros burocráticos e com desvio de recursos. E mais é a defesa de um conceito de ciclo social. Nasces trabalhas, pagas impostos e morres nas mãos do estado, preferencialmente pouco depois de chegar a idade de reforma.


Como disse os políticos andam todos na margem da evolução humana (da qual não fazem parte). Por alguma coisa temos uma guerra na Europa, seca em Portugal, um oceano literalmente cheio de m$·%&$ e a cabeça da pessoas com pior aspecto que as fraldas de um bebé. A tecnologia avança e a mentalidade regride. Felizmente que existe uma sociedade paralela e real onde eu me enquadro que contribuímos para o real desenvolvimento da condição humana. Felizmente que existe uma boa franja da sociedade que simplesmente ignora e vive à parte do grande esquema fraudulento dessa gente asquerosa que leva as rédeas do poder, embora seja forçada a pactar com estes criminosos sob pena de lhe ser retirada a pouca liberdade que lhe resta.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 9/6/2022 22:21

Isto de não referendar não é nem anti-democrático (a menos que se entenda a democracia sempre como a ditadura da maioria - isto é, tem de se fazer sempre o que a maioria quer/decide! - o que estou certo não é o entendimento da generalidade e seguramente não é o meu) nem é iliberal.

Na verdade, numa democracia liberal não pode ir tudo a votos. Senão, é meramente uma questão de tempo até uma maioria concordar em impor (determinados) princípios iliberais.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 9/6/2022 22:14

BearManBull Escreveu:
Cotrim Figueiredo criticou, por outro lado, a iniciativa do Chega que pede um referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida.

“Esta é uma tentativa tosca de fazer duas coisas inaceitáveis. A primeira é de estabelecer um precedente de que direitos fundamentais e liberdades individuais são referendáveis. Não são e nunca deverão ser”, afirmou.

Por outro lado, o líder da IL defendeu que “a via referendária corresponde a uma visão intrinsecamente populista da democracia que é contrária à da democracia liberal” que o partido “nasceu para defender”.


Isto era o que eu esperava a IL acabaria por ser absorvida pelo sistema tuga para se tornar um partido de esquerda, um socialismo mais soft, uma mistura de PSD com BE com PS.

Para o Cotrim agora votar também deve ser um acto populista. Os representantes deviam ser decididos no parlamento, como fazem na UE. Talvez nem fosse tao má ideia, fantochada por fantochada nem vale a pena andarem com estas tretas.


Já tentei explicar, aparentemente sem sucesso, que referendar a eutanásia é referendar se os outros nos deixam ter um direito/liberdade individual. Ninguém vai responder no referendo se quer ter esse direito para si, uma vez que as propostas de lei já o acautelam. O que na prática se vai responder é se uns deixam os outros terem esse direito, o que significa que por razões suas ideológicas/religiosas, vai expressar se os outros devem ter acesso a esse direito/liberdade ou não. A eutanásia conforme tem sido discutida no parlamento é um direito/liberdade individual, quem não quer para si (seja lá porque razão for) não tem, não faz.

O Iniciativa Liberal só está a ser fiel aos seus princípios (aos princípios que defende) enquanto partido liberal.



BearManBull Escreveu:Senhores da IL desde que ganharam a representação no parlamento deixaram cair o L agora devia ser um IP ou ID Iniciativa Popular ou Iniciativa Democrática. Porque de liberalismo 0.

Este comentário não se entende, sinceramente. Parece haver aqui uma confusão entre democracia (ou um determinado entendimento de democracia) e liberalismo. O comentário do IL é muito claramente um comentário pró-liberal.

A democracia pode ser implementada de uma série de formas, incluindo a democracia do tipo representativa que é a que geralmente impera (é aplicada) e por uma série de boas razões. Permitir que se decida de forma directa (tipo referendo) matéria que diz respeito a direitos fundamentais é antitética aos princípios liberais e é isto que o IL está a expor neste comentário.

A título ilustrativo: de hoje a amanhã, vai a referendo se as pessoas podem fumar em casa ou conduzir ao domingo ou coisa que o valha. Se isto é decidido em forum popular (voto/decisão directo pela generalidade dos cidadãos) tudo o que é preciso para entrarmos no mais arreigado dos regimes iliberais é a maioria (mais de 50% ou o que seja) concordar e dessa forma restringir (proibir) uma boa parte da população dos seus direitos e liberdades individuais.

Dito isto, eu entendo que o assunto seja polémico e mereça debate mas a minha posição é categoricamente não referendar. É precisamente o tipo de coisa que eu não quero o meu vizinho (com base nas suas convicções) a vir proibir-me a mim de ter acesso a um determinado direito/liberdade individual.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 9/6/2022 21:01

BearManBull Escreveu:Enquanto a ciência cada vez mais perto de arranjar cura para todos os males


Acreditas mesmo nisto?!?!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 9/6/2022 20:59

Deveria haver um referendo à eutanásia mas com 3 questões:
a) aprova a eutanásia apenas em situações onde a qualidade de vida física e motora da pessoa não são possíveis sem uma dependência de terceiros?
b) aprova a eutanásia em qualquer situação apenas por opção pessoal do indivíduo maior de idade (independentemente do estado de saúde da pessoa)?
c) regeita e não aprova a eutanásia em qualquer caso?


Sinceramente eu não teria qualquer problema em escolher e mesmo recorrer à opção b).

Se existe o direito de aceitar e recorrer ao aborto, porque motivo, eu como maior de idade não poderei decidir sobre o meu futuro?
 
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/6/2022 17:44

Cotrim Figueiredo criticou, por outro lado, a iniciativa do Chega que pede um referendo sobre a despenalização da morte medicamente assistida.

“Esta é uma tentativa tosca de fazer duas coisas inaceitáveis. A primeira é de estabelecer um precedente de que direitos fundamentais e liberdades individuais são referendáveis. Não são e nunca deverão ser”, afirmou.

Por outro lado, o líder da IL defendeu que “a via referendária corresponde a uma visão intrinsecamente populista da democracia que é contrária à da democracia liberal” que o partido “nasceu para defender”.


Isto era o que eu esperava a IL acabaria por ser absorvida pelo sistema tuga para se tornar um partido de esquerda, um socialismo mais soft, uma mistura de PSD com BE com PS.

Para o Cotrim agora votar também deve ser um acto populista. Os representantes deviam ser decididos no parlamento, como fazem na UE. Talvez nem fosse tao má ideia, fantochada por fantochada nem vale a pena andarem com estas tretas.

Senhores da IL desde que ganharam a representação no parlamento deixaram cair o L agora devia ser um IP ou ID Iniciativa Popular ou Iniciativa Democrática. Porque de liberalismo 0.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/6/2022 16:32

Enquanto a ciência cada vez mais perto de arranjar cura para todos os males, no parlamento discute-se como matar os cidadãos e como contractar mais psicólogos para ajudar as pessoas a morrer. Por outro lado é preciso receita médica para quase tudo que é medicamento para a pessoa não correr o risco de se matar. Enfim a politica segue a vida como se vivêssemos na idade medieval, centralização de poder, controlo absoluto e bloqueio ao progresso.


Pela terceira vez, a despenalização da morte medicamente assistida é discutida no Parlamento, após dois vetos presidenciais, com iniciativas de PS, BE, PAN e IL que deixam cair a exigência de “doença fatal”


Entretanto os medicamentos são obrigados a passar por processos burocráticos que são verdadeiros bloqueadores de ciência. No final acabamos com um "pode (e deve) recorrer à eutanásia, mas preferimos que se abstenha de tomar um medicamento que é potencialmente uma cura mas que pode ter efeitos secundários imprevistos."

Bem haja à verdadeira ciência que consegue feitos incríveis e cada vez nos aproxima mais de eliminar por completo a ameaça do cancro. A este ritmo se os políticos não invetarem, num par de décadas pode ser uma doença do passado.

Medicamento conseguiu "curar" 100% dos doentes com um dos cancros mais agressivos

Um grupo de 18 pacientes, diagnosticados com cancro do cólon e/ou do reto ou colorretal, um dos tumores malignos mais agressivos, teve resultados surpreendentes após a toma de um medicamento que se encontra em fase de estudo: todos ficaram em remissão completa ou curados da doença. Os resultados da investigação foram publicados no New England Journal of Medicine.


PS: No geral não tenho nada contra o conceito de eutanásia, mas sim tenho contra a forma e vindo da cabecita de políticos é algo que tem de se ter muito cuidado, ou vamos acabar a ter os médicos substituídos por psicólogos e comprimidos com veneno nos hospitais.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 9/6/2022 15:36

Neste momento temos dificuldades acrescidas para reduzir divida eu diria mesmo que agora é missão impossível.

Já a red line para novo resgate está bem definida.
Anexos
red line.png
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 9/6/2022 15:23

Mas alguém tem duvidas sobre o destino português sob governo socialista?

Está a formar-se uma tempestade perfeita e Portugal nem um guarda-chuva tem.
Crise internacional (a desculpa favorita do kosta e do seu PS), Juros a subir, banco central deixa de comprar divida, inflação, deflação e outras flações, divida portuguesa monstruosa... é preciso fazer um desenho?

PS: "Quem Cabritos Vende e Cabras Não Tem..."
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Re: Políticas para Portugal

por m-m » 9/6/2022 13:04

O lado negro da força está a aproximar-se:
Os dados divulgados esta quinta-feira pelo INE mostram que o défice da balança comercial de bens agravou-se em 1.039 milhões de euros em abril, face a igual período de 2021. Exportações e importações de combustíveis e lubrificantes foram as que registaram as maiores subidas homólogas.

fonte: https://www.jornaldenegocios.pt/economi ... rescem-292
 
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Re: Políticas para Portugal

por Caramelo » 9/6/2022 11:35

Viva o SNS, tão mal tratado por Passos Coelho, após a bancarrota deixada pelo PS e que finalmente agora passados sete anos de nova governação socialista, volta a estar como deve ser :clap:

https://www.rtp.pt/noticias/pais/garcia ... e_v1412056

https://www.rtp.pt/noticias/pais/13-mil ... a_v1402743
Anexos
K.png
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 7/6/2022 16:55

Como vejo os próximos tempos nas bolsas face a todo o impacto mundial da guerra Rússia/Ucrânia:

Houve um impacto inicial negativo nas bolsas, nas os medos de que a guerra se extendesse a outros países foi-se reduzindo e elas voltaram a recuperar!
Assim, os investidores, deixaram-se estar e compraram mais por estar barato!

Com a subida dos juros, e da inflação, tudo tenderá a subir e não voltará a baixar... pois o preço das coisas leva ao aumento dos vencimentos e depois dos vencimentos aumentados os preços também não descem, pois senão não daria para pagar os vencimentos!!!

Assim, os investidores que estavam dentro assim e mantiveram (apesar de apreensivos) e outros entraram devido a verem tudo valorizar!

Nos próximos tempos, a certa altura os preços altos da energia, alimentos e matérias primas provocarão uma queda no consumo, na produção e por conseguinte no fecho de empresas que empregam muita gente e são muito sensíveis ao preço da energia!!!
Os custos do aumento das taxas, para já será bom para os bancos, mas para quem tem empréstimos será mau, o que levará a um aumento de créditos mal parados... e por conseguinte novo impacto nos bancos.

Ou seja, a rápida variação dos ventos poderá não dar tempo à adaptação entre os vencimentos e os consumos e isso poderá provocar um temporal repentino....

Não sei qual o motivo do Musk referir o pessimismo para os próximos tempos, mas gostava de saber...
 
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Re: Políticas para Portugal

por J_Investidor » 3/6/2022 13:28

BearManBull Escreveu:A corrupção está enraizada em todos os níveis em Portugal.

Temos uma sociedade tipo chinesa que acredita que devemos controlar que o vizinho, mas para os detentores de poder imunidade total e servilismo.


Estou certo que tudo isto foi realizado com o método cientifico tuga que aplica a tudo que é decisão politica.

Chefes da PSP “assaltam” rendas low-cost de Lisboa

Sem concurso ou regulamento, a Montepio PSP de Lisboa tem atribuído T3 e T4 em zonas nobres da capital a menos de 550 euros aos membros dos próprios órgãos sociais da associação e a altas patentes da polícia. Ex-diretor nacional da PSP também teve direito a uma casa e recusa dizer se viveu lá.

...

Ou seja: enquanto todos os anos uma média de mil jovens polícias são colocados no Comando Metropolitano de Lisboa, tendo de enfrentar os elevados preços de habitação da capital, a associação Montepio PSP de Lisboa (sem relação com o banco ou associação mutualista com o nome Montepio) tem atribuído casas de renda livre a oficiais e altas patentes da PSP, sem concurso ou regulamento em vigor – mesmo quando não é o próprio agente que vai ocupar a casa.


https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/ ... GDETOUTRAS


Mas depois vamos defender as 350 mil camaras de vigia big brother, controlo total social, ao estado tudo, do povo nada.

Boas, apenas uma info.
Nem todo o efetivo da PSP é sócio do montepio da PSP. É opcional. Não sei que percentagem de polícias são sócios do montepio, mas deverá ser uma minoria.

O que disse foi sobre o Montepio da PSP, não confundir com Serviços Sociais da PSP. São coisas independentes.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Masterchief » 3/6/2022 12:23

Marco Martins Escreveu:https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-sobe-ao-8-lugar-do-ranking-dos-que-mais-captam-investimento-na-europa

Depois de, em 2020, ter alcançado o feito de, pela primeira vez, entrar no 'top 10' das economias europeias que mais captam projetos de investimento direto estrangeiro, Portugal escalou duas posições no ano passado, ascendendo ao 8.º lugar do 'ranking' elaborado pela consultora EY.


Uma excelente notícia... pode ser que os ventos soprem no bom caminho...

Eu sinceramente já não acredito muito nestas noticias, para mim "plantadas" com óbvias intenções. E o JN começa a ser um bocado recorrente nesta questão. Imparcialidade jornalística é coisa que não existe em Portugal. Quando interessa procura-se um qualquer ranking ou estudo que encaixe na retórica que interessa a alguém.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 3/6/2022 10:56

A corrupção está enraizada em todos os níveis em Portugal.

Temos uma sociedade tipo chinesa que acredita que devemos controlar que o vizinho, mas para os detentores de poder imunidade total e servilismo.


Estou certo que tudo isto foi realizado com o método cientifico tuga que aplica a tudo que é decisão politica.

Chefes da PSP “assaltam” rendas low-cost de Lisboa

Sem concurso ou regulamento, a Montepio PSP de Lisboa tem atribuído T3 e T4 em zonas nobres da capital a menos de 550 euros aos membros dos próprios órgãos sociais da associação e a altas patentes da polícia. Ex-diretor nacional da PSP também teve direito a uma casa e recusa dizer se viveu lá.

...

Ou seja: enquanto todos os anos uma média de mil jovens polícias são colocados no Comando Metropolitano de Lisboa, tendo de enfrentar os elevados preços de habitação da capital, a associação Montepio PSP de Lisboa (sem relação com o banco ou associação mutualista com o nome Montepio) tem atribuído casas de renda livre a oficiais e altas patentes da PSP, sem concurso ou regulamento em vigor – mesmo quando não é o próprio agente que vai ocupar a casa.


https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/ ... GDETOUTRAS


Mas depois vamos defender as 350 mil camaras de vigia big brother, controlo total social, ao estado tudo, do povo nada.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 2/6/2022 11:33

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/portugal-sobe-ao-8-lugar-do-ranking-dos-que-mais-captam-investimento-na-europa

Depois de, em 2020, ter alcançado o feito de, pela primeira vez, entrar no 'top 10' das economias europeias que mais captam projetos de investimento direto estrangeiro, Portugal escalou duas posições no ano passado, ascendendo ao 8.º lugar do 'ranking' elaborado pela consultora EY.


Uma excelente notícia... pode ser que os ventos soprem no bom caminho...
 
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Re: Políticas para Portugal

por Opcard » 1/6/2022 17:15

Muita ironia desconhecia-lhe esta faceta ,

“01 jun 2022, 00:21


“Faço parte de uma geração que se bateu contra uma maioria existente que, tantas vezes, se confundiu com um poder absoluto”
(Primeiro-Ministro António Costa no discurso de tomada de posse do XXIII Governo)

1 Senhor PRIMEIRO-MINISTRO: quero começar por lhe pedir desculpa pelo atraso com que o felicito publicamente pela conquista da maioria absoluta nas eleições de 30 de Janeiro. Foi uma vitória da sua pessoa como líder do PS. Somos agora colegas no que à conquista de maiorias absolutas diz respeito.

É certo que beneficiou dos erros do PSD e da benesse do PCP e do BE ao chumbarem o orçamento do Estado para 2022, mas ninguém lhe pode tirar o mérito. Como se recorda, também eu beneficiei de uma benesse na conquista da primeira maioria, em julho de 1987: a aprovação pela Assembleia da República da moção de censura ao governo apresentada pelo PRD.

Quanto à conquista da minha segunda maioria, tendo obtido 50,6% dos votos, talvez V. Exa. reconheça que se deveu à obra realizada pelo governo. Estou, aliás, convicto de que o senhor Primeiro-Ministro é capaz de fazer mais e melhor com a sua maioria absoluta e não tem qualquer razão para ter complexos.

Contudo, penso, modestamente, que no tempo das minhas maiorias absolutas foram dados alguns passos que abriram novas perspetivas à sua geração e que facilitam agora a tarefa do seu governo. Receio que, na excitação da tomada de posse, se tenha esquecido de que vários desses passos resultaram do diálogo e do consenso com o seu partido.

2 Como é sabido, depois de um forte combate eleitoral entre dois grandes partidos apodera-se do derrotado um certo ressentimento que o leva a fugir ao diálogo construtivo com o partido vencedor. Foi o que aconteceu com o PS nas três eleições legislativas que tiveram lugar durante o meu mandato como líder do PSD.

Foi, por isso, necessária muita persistência da parte dos meus governos para estabelecer alguns consensos importantes com o seu partido. Sublinho-os seguidamente apenas como estímulo para que o seu governo faça mais e melhor.

Destaco, em primeiro lugar, as revisões constitucionais de 1989 e de 1992 que acompanhei de perto e em que me envolvi diretamente. Na primeira, era líder do PS Vítor Constâncio e na segunda António Guterres.

Lembra-se certamente que a parte económica da Constituição que então vigorava não era compatível com o desafio da integração europeia. Mas já não sei se teve conhecimento da intensidade e da profundidade do diálogo entre os representantes do PS e do PSD tendo em vista alcançar o indispensável consenso.

Quando nos últimos anos observava o nível de crispação partidária e a rudeza da linguagem nos debates entre os responsáveis políticos na Assembleia da República, mais vinha à minha memória a cordialidade, a urbanidade e o respeito mútuo que sempre imperou nas minhas múltiplas reuniões com os líderes dos partidos da oposição (Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Adriano Moreira, Freitas do Amaral, Álvaro Cunhal, Carlos Carvalhas, Ramalho Eanes e Hermínio Martinho) e a dignidade e o sentido do interesse nacional que marcou a cerimónia em que eu e o líder do PS assinámos o histórico acordo político de revisão constitucional.

Recordo-lhe também que as posições do meu governo nas complexas negociações do Tratado de Maastricht tiveram o apoio do PS, fruto do diálogo permanente mantido com o seu líder.

Lembro-lhe ainda que, fruto do espírito de diálogo com a oposição, foram aprovadas com o voto favorável do PS a Lei de Bases do Sistema Educativo que aumentou a escolaridade obrigatória de 6 para 9 anos, a nova Lei das Finanças Locais, a Lei da Autonomia Universitária, a primeira Lei de Bases do Ambiente, a Lei do Mecenato Cultural, a Lei de Segurança Interna, os novos Códigos Penal e das Sociedades Comerciais, o Código do Procedimento Administrativo e a Lei de Bases dos Transportes Terrestres.

3 Quero também lembrar-lhe o intenso, profundo e frutuoso diálogo dos meus governos de maioria absoluta com os parceiros sociais. Foram assinados quatro acordos de concertação social e só não foram assinados mais dois porque o líder do seu partido coagiu e pressionou a UGT, como o líder da central sindical publicamente reconheceu.

Pelo que observei nos seis anos de governo da “geringonça”, V. Exa. considera certamente um exagero o meu entusiasmo e valorização do diálogo e da concertação social. Sendo meu desejo que faça mais e melhor, recordo que ela muito contribuiu, no tempo dos meus governos, para a redução da inflação, o aumento real dos salários e das pensões, a elevada taxa de crescimento da economia e para a aproximação do país ao nível médio de desenvolvimento da UE como nunca mais voltou a acontecer, como o atesta a informação internacional disponível. Acrescento apenas que, ao contrário do que V. Exa. recentemente referiu numa entrevista, não defendo a desregulação do mercado de trabalho. Leu mal o meu artigo.

4 Uma das reformas que gostaria de ter feito em consenso com o PS, e que foi uma das mais marcantes das minhas maiorias absolutas, foi a abertura da televisão à iniciativa privada e a liberalização da comunicação social. O PS, surpreendentemente e não sei com que intenções, revelou-se contra o fim da anacrónica situação em que o Estado português detinha o controlo total ou quase total de cinco jornais diários e de um jornal desportivo e em que, no sector da radiodifusão, só a Rádio Renascença lhe escapava. Espero que, hoje, V. Exa. reconheça que era um quadro redutor da liberdade de expressão e informação e atrofiador da sociedade civil.

Para o PS era então estranho que o governo quisesse afastar o Estado de um instrumento tão suscetível de influenciar a opinião pública e importante para a preservação do poder. O senhor Primeiro-Ministro sabe que nunca tive jeito ou apetência para a arte de sedução dos jornalistas e que, ainda hoje, muitos deles não gostam de mim, o que nada me incomoda. Esta é uma área em que V. Exa. é, e continuará a ser, muito melhor do que eu.


5 A reforma fiscal de 1989, que instituiu o IRS e o IRC, substituindo sete impostos sobre o rendimento então existentes, levada a cabo pelos meus governos, foi uma outra que gostaria de ter realizado em consenso com o PS. Apesar de ter sido preparada por uma comissão de reconhecida competência técnica e do intenso diálogo e de toda a informação disponibilizada às forças políticas e sociais, o PS decidiu agarrar-se à ideia falsa de que as pessoas iriam pagar mais impostos e ficar fora da reforma.

Sendo o atual sistema de impostos caracterizado pela iniquidade, ineficiência económica e pela brutalidade da sua carga para o nosso nível de desenvolvimento, estou certo de que V. Exa. atuará melhor do que eu no diálogo com os partidos e organizações sociais e deixará na história da fiscalidade portuguesa uma marca reformista que ultrapassará em muito a dos meus governos de maioria absoluta.

6 Imagino que, hoje, o senhor Primeiro-Ministro, tenha dificuldade em perceber porque é que o PS se opôs à aprovação, em 1987, da nova lei de gestão hospitalar, e, em 1990, da Lei de Bases da Saúde que abriu à iniciativa privada a prestação de cuidados de saúde e que se manteve em vigor durante 29 anos, resistindo a cinco governos do PS, seguramente por a considerar uma boa lei.

Face à deterioração da qualidade dos serviços prestados pelo Serviço Nacional de Saúde durante o tempo do governo da “geringonça”, estou certo de que ao seu governo de maioria absoluta não faltará a coragem para fazer mais e melhor do que foi feito pelos meus governos na área da saúde.

7 Em relação à reprivatização de 38 empresas públicas levada a cabo pelo meu governo de maioria absoluta, tendo 70% da receita obtida pelo Estado sido destinada à redução da dívida pública, que, em geral, contou com a oposição do seu partido, estou certo de que V. Exa., um europeísta, pensa, agora, “ainda bem que o fizeram”, embora, em público, lhe custe reconhecê-lo. São coisas da vida partidária.

Tratou-se de uma reforma estrutural da maior relevância, tornada possível pela eliminação do princípio da irreversibilidade das nacionalizações na revisão da Constituição de 1989.

Pressuponho, como é óbvio, que V. Exa. não esqueceu que, em resultado das nacionalizações de 1974 e 1975, o sector público empresarial português tinha uma grandeza sem paralelo na Europa comunitária e acumulava prejuízos gigantescos, um fardo enorme para consumidores e contribuintes e um obstáculo à recuperação económica.

Com certeza que também não se esqueceu da importância da aprovação da nova Lei de Bases da Reforma Agrária que estabilizou o direito de propriedade e exploração da terra, sem o que a agricultura portuguesa não conseguiria adaptar-se aos mecanismos da Política Agrícola Comum (PAC). Lembra-se do coletivismo agrícola que imperava no Alentejo em que existiam 330 unidades coletivas de produção?

8 Dirá o senhor Primeiro-Ministro que a falta de apoio do PS a algumas das reformas se deveu à inabilidade ou à insuficiência de diálogo dos meus governos e a erros por mim cometidos. É provável que tenha alguma razão. Costumo dizer: “nobody is perfect”.

Sendo conhecida a sua vontade de fazer reformas e habilidade no diálogo com o maior partido da oposição no sentido de as concretizar, estou certo que, com o seu governo de maioria absoluta, tudo correrá na perfeição.

Nenhum partido, nenhuma organização sindical, empresarial, social, cultural ou ambiental se queixará de falta de diálogo e de abertura do governo para aceitar as suas propostas; as reformas que o país urgentemente necessita serão feitas em clima de toda a tranquilidade política e a decadência relativa do país em termos de desenvolvimento será revertida.

As revistas internacionais deixarão de classificar Portugal como “uma democracia com falhas” e os articulistas deixarão de acusar o seu governo de “bullying”, assédio ou asfixia da democracia e de que, para os socialistas, o Estado é deles.

Parafraseando a afirmação de V. Exa. no discurso de tomada de posse direi: “Faço parte de uma geração que se bateu contra a estatização da economia, a atrofia da sociedade civil e a queda do poder de compra dos portugueses e que se orgulha de ter contribuído para dar um passo significativo na aproximação do país ao nível médio de desenvolvimento da UE”.

Agora, retirado da vida política ativa mas preservando os meus direitos cívicos, estou certo de que, encerrada a fase da “geringonça”, o seu governo de maioria absoluta fará mais e melhor do que as maiorias de Cavaco Silva.”

https://observador.pt/opiniao/fazer-mai ... aco-silva/
 
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Re: Políticas para Portugal

por caldeirum » 1/6/2022 16:56

Mas alguma coisa mudou de fundo desde 2011? Não. Salários baixos, dependência do turismo, exportações baratas e imobiliário disparado. Receita bombástica e clássica.

Vamos ver quanto tempo passa até ao próximo resgate.
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 1/6/2022 16:16

MarcoAntonio Escreveu:Marco, o valor que Portugal vai receber não são 2.2 mil milhões mas bastante mais (situa-se nas casa das dezenas de milhões, muito embora o montante total dependa do cumprimento de diversas metas/objectivos). O valor de 2.2 mil milhões eram um adiantamento apenas, ou pré-financiamento, e entretanto já terão sido aprovados mais valores, salvo erro. Já agora, não só o PIB cresceu nestes anos, também houve inflacção (ainda que moderada). Os números nem estavam assim tão maus até chegar o COVID, o que também não creio que faça grande sentido estar a ignorar (dos montantes que estás a falar, cerca de 25 a 30 mil milhões ocorreram no pós-covid, ou por outra, durante o período quente da pandemia). Portanto, não me parece que faça grande sentido estares a usar esse montante de 2.2 mil milhões (um montante incompleto) para comparações, até porque um dos motores por detrás da bazuca é precisamente a pandemia...

Não estou a defender que a evolução da dívida pública é boa ou coisa que o valha, apenas que te faltam aí alguns elementos no teu exercício.


https://eco.sapo.pt/2021/07/14/primeiro-tiro-da-bazuca-e-de-50-mil-milhoes-22-mil-milhoes-sao-para-portugal/

Sim, baseei-me no primeiro tiro da basuca (2,2mil) mas no final creio que rondará os 16mil milhões.

Mas pelo gráfico do link, desde 2015 até Março de 2020 (que foi quando chegaram os primeiros casos a Portugal) a dívida tinha crescido cerca de 15 mil milhões de 240mil até 255mil milhões!!!

Se em 5 anos cresceu 15mill isso quer dizer que em boas condições aumentou ao ritmo de 3 mil milhões/ano o que é mais do que a primeira tranche da bazuca!!

Ou seja, independentemente do valor total da bazuca o que teremos com a bazuca será um anulamento do aumento da nossa dívida, mas que assim que a bazuca termine, voltaremos à mesma linha de crescimento (em teoria é claro e dependendo da utilização da mesma)!!
Mas aqui entra sempre o factor esperança, com muitas variáveis para um futuro indefinido.
O que temos neste momento como realidade, é a situação do país tendo por base 7 anos e comparar o que temos com aquilo que os outros neste momento têm (pois também eles tiveram a mesma condicionante da pandemia).

Criticar em nada ajuda a resolver os problemas... mas devemos sempre questionar.

Mas também não digo que está tudo mal, pois existem coisas visivelmente melhores (é claro que existem muitas variáveis pelo caminho)... só não me parece é que estejamos a andar a uma velocidade correcta, que deverá ser questionada sobre o impacto que isso terá nos próximos tempos.
Existem muitas melhorias desde 2015 até hoje... resta saber é se não estarão suportadas em castelos de cartas.
 
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:56

Já agora, aqui fica o big picture em forma de gráfico:

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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:51

BearManBull Escreveu:Sem ter a certeza se está melhor será muito marginalmente. Em termos técnicos tem vindo a fazer contantemente novos máximos sendo que em 2021 atingiu 139,1% :shock:


Sim, julgo que a melhoria foi marginal, se é que se pode falar de uma melhoria. Em 2015 a dívida publica andava pelos 130% do PIB. A PORDATA diz 131% (fontes: DGO/MF | BP | INE, INE, PORDATA).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por MarcoAntonio » 1/6/2022 15:39

Marco, o valor que Portugal vai receber não são 2.2 mil milhões mas bastante mais (situa-se nas casa das dezenas de milhões, muito embora o montante total dependa do cumprimento de diversas metas/objectivos). O valor de 2.2 mil milhões eram um adiantamento apenas, ou pré-financiamento, e entretanto já terão sido aprovados mais valores, salvo erro. Já agora, não só o PIB cresceu nestes anos, também houve inflacção (ainda que moderada). Os números nem estavam assim tão maus até chegar o COVID, o que também não creio que faça grande sentido estar a ignorar (dos montantes que estás a falar, cerca de 25 a 30 mil milhões ocorreram no pós-covid, ou por outra, durante o período quente da pandemia). Portanto, não me parece que faça grande sentido estares a usar esse montante de 2.2 mil milhões (um montante incompleto) para comparações, até porque um dos motores por detrás da bazuca é precisamente a pandemia...

Não estou a defender que a evolução da dívida pública é boa ou coisa que o valha, apenas que te faltam aí alguns elementos no teu exercício.
Imagem

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
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Re: Políticas para Portugal

por BearManBull » 1/6/2022 15:27

Marco Martins Escreveu:É verdade que o rácio da dívida em relação ao PIB está melhor!!!


De certeza?

Olha que agora está em 127,5%!

https://bpstat.bportugal.pt/conteudos/noticias/1524/

Sem ter a certeza se está melhor será muito marginalmente. Em termos técnicos tem vindo a fazer contantemente novos máximos sendo que em 2021 atingiu 139,1% :shock:
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 1/6/2022 15:02

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/divida-publica-aumenta-para-279-mil-milhoes-nos-primeiros-quatro-meses-do-ano

A "elevada dívida externa, privada e pública num contexto de um crescimento baixo da produtividade" foi um dos desequilíbrios macroeconómicos identificados por Bruxelas nas recomendações de Primavera do Semestre Europeu.


Desde 2015 (240mil) até 2022 (280mil) só aumentamos a dívida pública em 40mil milhões de euros... em 7 anos tivemos o correspondente a 18 basucas do PRR (tendo em conta que Portugal receberia 2,2mil milhões)!!!!

É verdade que o rácio da dívida em relação ao PIB está melhor!!! Contudo tivemos 7 anos de juros baixos e negativos!!! Estou para ver como vai ser o crescimento da dívida bem como o crescimento da inflação, sem termos preparado o país para crescer tanto ou mais que a inflação!!!

Entendo que o objectivo seja como alguém em tempos disse "a dívida não é para ser paga, mas sim gerida!" e até certo ponto tem toda a razão... mas, acredito que isso só deva acontecer num contexto controlado onde qualquer variação externa não nos coloque numa situação delicada!

Qualquer um de nós (tirando os mais afortunados), necessita de ter dívidas ao longo da sua vida... contudo não pode esperar estar sempre no limite da sua capacidade de pagamentos e sempre esperançado num aumento do vencimento para poder assim pagar mais dívida que está a contrair!!
 
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Re: Políticas para Portugal

por Marco Martins » 30/5/2022 12:51

Opcard Escreveu:Há 3 ou 4 obras maiores que explicam porque os países são ricos ou pobres em muitos casos são as pessoas que escolhem a pobreza .
As escolhas política/económicas contam um exemplo na Coreia o norte era mais rica que o sul , hoje a Coreia do Norte PIB per capita 600 dólares no Sul 32 000 .

De 1999 a 2023 a Irlanda cresce 370% Portugal 29,4% .

No expresso desta semana fonte Comissão europeia:

“Neste sentido, a crise pandémica não alterou muito a realidade da economia portuguesa. No balanço destas duas décadas de união económica e monetária, Portugal esteve quase sempre nos últimos lugares do crescimento. Façamos as contas ao período completo 1999-2023 (já com a previsão de Bruxelas para este ano e o próximo):

Portugal cresceu 29,3% e só bateu a Grécia (13,9%) e Itália (11,2%). No mesmo período, a Irlanda aumentou o seu PIB quase para o triplo (3,7 vezes) e outros oito países (Malta, Polónia, Lituânia, Roménia, Estónia, Letónia, Eslováquia e Luxemburgo) mais do que o duplicaram.


Desde a crise financeira as coisas não mudaram muito. Entre 2008 e 2023, a confirmarem-se as previsões de Bruxelas, o PIB avançará 9,9%. É o quinto mais baixo da lista.

O que explica esta diferença? Olhemos por momentos para a decomposição do crescimento entre capital, trabalho e produtividade com base na base de dados AMECO da Comissão Europeia. Portugal está perto do fim da tabela no emprego: em 2023 será 4% superior ao de 1998, a quinta subida mais baixa. Na produtividade sobe uns degraus: tem o décimo valor mais baixo (11,6%) longe do topo da tabela onde estão a Lituânia (93,2%) e a Irlanda (90,2%). E perde bastante no stock de capital que está ao nível de 2008: enquanto em Portugal o crescimento desde 1998 foi de 38,4% (o quarto mais baixo), na liderança do ranking estão a Estónia (254%) e a Lituania (186,5%”

http://leitor.expresso.pt/semanario/sem ... ir-de-2023


Enquanto Portugal apenas se quiser comparar com a média europeia e não tiver objectivos ambiciosos para estar no pelotão da frente em alguns sectores estratégicos (que depois farão tudo o resto ir atrás) então não avançaremos e o termo de comparação será sempre um resultado medíocre!
 
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