Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
Há recuperação económica, mas não há recuperação de salários, logo a poupança fica mais difícil.
Ao menos a dívida (externa líquida) está a descer..
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“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal
Sem poupança e investimento, com enorme dívida externa e "alergia a reformas estruturais", o melhor é "fechar a loja"…
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Re: Políticas para Portugal
Ocioso Escreveu:@Ocioso, bons videos do Noam Chomshy, meteu-me a pensar até que ponto é que a sociedade (imaginando que utópicamente começava a ser mais organizada e participativa na vida política) tem qualquer tipo de poder no que se pretende para o país. Sempre me questionei porque é que as campanhas politicas são tão fraquinhas/vazias e não tem linhas mestras para a estratégia dos vários ministérios, se calhar está ai a resposta...
Os objectivos de qualquer governo são aumentar a sua influência na sociedade e recompensar aqueles que verdadeiramente representa. Repara no que tem ocorrido desde a saída da troika. Tens as duas mais recentes execuções orçamentais atrás.
Por acaso ando à algum tempo a meter na cabeça que tenho de investigar como é que anda o nosso endividamento (sempre tive a ideia de que não era assim tão linear este assunto, pois na prática o que interessa mesmo é o endividamento liquido e é facil de sermos enganados com noticias, falo por mim claro).
Ainda não é hoje que vou atrás neste post para ver se encontro essa informação, pois tenho ideia de que já colocou por aqui esses dados. Mesmo que não sejam actuais vejo as fontes de onde tirou e procuro.
Os elementos que colocou ai só dão suporte à minha desconfiança.
JohnyRobaz Escreveu:http://www.jn.pt/economia/interior/portugal-e-um-dos-paises-mais-desiguais-ao-nivel-dos-salarios-5758824.html
Soluções para este problema?
Maior progressividade do IRS e maior incidência na carga fiscal sobre o consumo e capital e menos sobre o trabalho?
Subir salário minimo? Em tempos quando estive a reciclar os meus conhecimentos de economia num curso online, lembro-me vagamente de um efeito económico que o aumento dos salários provocava e que compensava com saldo positivo o efeito negativo que o aumento dos salários provoca nas pequenas empresas. Confesso que não cheguei a perceber muito bem na altura, pois na minha cabeça sempre tive a ideia de que, apesar de socialmente negativo, para as empresas era positivo haver salários baixos. Não sei se era através do consumo...
Eu os salários altos não me choca, mesmo nada, desde que na mesma empresa não se veja uns a ganhar milhões e outros com o salário minimo. Então em empresas que funcionam como monopólios...
Também gostei de uma frase da Margaret Thatcher, relativamente a este assunto. Uma vez que se retira os incentivos do topo, Não interessa quanto é que ganhas vou te retirar a maior parte do rendimento (Lion's Share), então quem tem esses ganhos, diz ok, então vou deixar de fazer a maior parte do trabalho (Lion´s Part).
https://www.youtube.com/watch?v=yoIZdEB ... -WdwkCiOXY
(a partir do minuto 12)
Claro que depois quando vemos entrevistas destas ficamos a pensar quem é que anda realmente a fazer a parte de leão
https://www.youtube.com/watch?v=xDJhLxi ... tF&index=2
Um pequeno pormenor, pois não sei efetivamente se a questão da Taxação do capital tem qualquer influência nessa problemática que referes, pois o que diz é diferença de salários, não de rendimentos e não são exatamente a mesma coisa. Para além de que aumentar a taxação de capital faz com que ele saia de PT, olha o exemplo do PSI 20, se não são todas são 19 das 20 que recorrem à holanda para martelarem as contas e pagar menos impostos.
O que acho mais importante é dar condições e incentivos para Start-ups, claro que depois também vemos que quem tem os fundos aprovados são os boys...
Alerta, novato a comentar! Não percebo nada disto.
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Re: Políticas para Portugal
http://www.jn.pt/economia/interior/port ... 58824.html
Soluções para este problema?
Maior progressividade do IRS e maior incidência na carga fiscal sobre o consumo e capital e menos sobre o trabalho?
Soluções para este problema?
Maior progressividade do IRS e maior incidência na carga fiscal sobre o consumo e capital e menos sobre o trabalho?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
@Ocioso, bons videos do Noam Chomshy, meteu-me a pensar até que ponto é que a sociedade (imaginando que utópicamente começava a ser mais organizada e participativa na vida política) tem qualquer tipo de poder no que se pretende para o país. Sempre me questionei porque é que as campanhas politicas são tão fraquinhas/vazias e não tem linhas mestras para a estratégia dos vários ministérios, se calhar está ai a resposta...
Os objectivos de qualquer governo são aumentar a sua influência na sociedade e recompensar aqueles que verdadeiramente representa. Repara no que tem ocorrido desde a saída da troika. Tens as duas mais recentes execuções orçamentais atrás.
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Re: Políticas para Portugal
Perito Escreveu:
http://www.etui.org/Publications2/Books ... urope-2017
De certa forma o país está paralisado. A primeira prioridade do governo é reduzir a desigualdade (salários vs PIB) que já vem de há décadas (e PT é dos países mais desiguais antes das transferências sociais).
Compelling new evidence that robots are taking jobs and cutting wages
https://qz.com/943073/compelling-new-ev ... ing-wages/However you measure it, the short-term impact of automation has been wrenching for many workers. Yet, history also suggests that fears of new technologies leading to persistently high unemployment are unfounded. Over the long term, markets always find a way to make use of humans’ skills. Assuming this time really isn’t different, they probably will again.
Novamente, este é outro caso em que a ideologia cega. Depois quando os problemas surgem os economistas não sabem donde vieram nem como serão resolvidos.
Não é preciso que as máquinas tirem todos os empregos. Valores de eliminação a partir dos 25% já serão desastrosos. E quando o crédito fácil - que alimenta o consumo e muitas outras atividades - acabar - e acabará de uma forma ou de outra - o cenário será ainda pior.
O passado não é um preditor exato do futuro. Cristo nasceu há 2000 anos. Mas só há globalização há 50, mais coisa menos coisa. 1900 anos de diferença é muita coisa. A economia real sem financialização (bolsas, derivativos... - outro fenómenos dos anos '70) produz muito menos riqueza e prosperidade do que os ideólogos pensam. A economia está intimamente ligada à política e aos fenómenos sociais. E acho que as teorias económicas muitas vezes ignoram os dois últimos.
As economias geralmente crescem de forma constante. Já os colapsos tendem a ser repentinos e brutais.
Em teoria nem me preocupava muito com a robotização, com a devida monitorização, sobretudo no que toca à inteligência artifical. O Problema maior, para mim é a distribuição de riqueza gerada resultante dessa melhoria tecnológica.
E a questão do reaproveitamento das pessoas para outras actividades também tem que se lhe diga, sobretudo para as pessoas mais velhas que têm mais dificuldade em mudar de actividade. Até porque a tecnologia tem evoluido a uma velocidade maior do que se consegue reorganizar a sociedade para fazer face a estas alterações.
@Ocioso, bons videos do Noam Chomshy, meteu-me a pensar até que ponto é que a sociedade (imaginando que utópicamente começava a ser mais organizada e participativa na vida política) tem qualquer tipo de poder no que se pretende para o país. Sempre me questionei porque é que as campanhas politicas são tão fraquinhas/vazias e não tem linhas mestras para a estratégia dos vários ministérios, se calhar está ai a resposta...
Alerta, novato a comentar! Não percebo nada disto.
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Re: Políticas para Portugal
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Re: Políticas para Portugal
http://www.etui.org/Publications2/Books ... urope-2017
De certa forma o país está paralisado. A primeira prioridade do governo é reduzir a desigualdade (salários vs PIB) que já vem de há décadas (e PT é dos países mais desiguais antes das transferências sociais).
Compelling new evidence that robots are taking jobs and cutting wages
https://qz.com/943073/compelling-new-ev ... ing-wages/
However you measure it, the short-term impact of automation has been wrenching for many workers. Yet, history also suggests that fears of new technologies leading to persistently high unemployment are unfounded. Over the long term, markets always find a way to make use of humans’ skills. Assuming this time really isn’t different, they probably will again.
Novamente, este é outro caso em que a ideologia cega. Depois quando os problemas surgem os economistas não sabem donde vieram nem como serão resolvidos.
Não é preciso que as máquinas tirem todos os empregos. Valores de eliminação a partir dos 25% já serão desastrosos. E quando o crédito fácil - que alimenta o consumo e muitas outras atividades - acabar - e acabará de uma forma ou de outra - o cenário será ainda pior.
O passado não é um preditor exato do futuro. Cristo nasceu há 2000 anos. Mas só há globalização há 50, mais coisa menos coisa. 1900 anos de diferença é muita coisa. A economia real sem financialização (bolsas, derivativos... - outro fenómenos dos anos '70) produz muito menos riqueza e prosperidade do que os ideólogos pensam. A economia está intimamente ligada à política e aos fenómenos sociais. E acho que as teorias económicas muitas vezes ignoram os dois últimos.
As economias geralmente crescem de forma constante. Já os colapsos tendem a ser repentinos e brutais.
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Re: Políticas para Portugal
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Re: Políticas para Portugal
goodmoney Escreveu:JohnyRobaz Escreveu:Ui, não estava a espera de ver a Irlanda e o Luxemburgo tão à frente na produtividade..
Produtividade de quê?
Montares lá um quiosque com um trabalhador e passares por lá os 300 milhões de euros que ganhaste noutros países?
É um lufa-lufa do caraças, os homens até transpiram...
Epa, estava distraído..
Ocioso Escreveu:Em termos de mobilidade social, temos uma tendência que se tem vindo a reforçar pelo lado negativo. Como é que um jovem pode sair de casa dos pais na aldeia, a centenas de kms, para vir trabalhar para Lisboa ou Porto receber um salário de 600€ e pagar habitação, comida, deslocações e vestuário? Não pode. Esse emprego fica para um outro jovem que mora com os pais nessa cidade. O jovem da aldeia, apesar de ter licenciatura e mestrado em Direito, poderá ter de ficar a trabalhar no pequeno café dos pais o resto da vida e lá se vai a mobilidade social…
Repara na diferença entre se ter tido 25 anos em 1974 e a mesma idade em 2008...
Acredita que actualmente é bem mais fácil vir da terreola para a cidade do que era antigamente (1974), estudar e trabalhar. Falo do que conheço pessoalmente.
Mas sim, julgo que o pico terá sido ali por volta do final dos 90's, início dos 00's. Desde a crise tudo voltou um bocado atrás.
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Ui, não estava a espera de ver a Irlanda e o Luxemburgo tão à frente na produtividade..
Produtividade de quê?
Montares lá um quiosque com um trabalhador e passares por lá os 300 milhões de euros que ganhaste noutros países?
É um lufa-lufa do caraças, os homens até transpiram...
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Re: Políticas para Portugal
JohnyRobaz Escreveu:Ocioso Escreveu:Bom, consegues concluir que tem havido uma tendência para piorar esse aspecto?
Qual aspecto? Melhores condições de vida para quem recebe directamente do OE em comparação com os restantes cidadãos? Futuro condicionado à nascença?
A parte do futuro condicionado à nascença.Concordas, no entanto, que no pós-25 de Abril esse problema foi bastante amenizado comparado com a ditadura, certo?Penso que aqueles que fizeram o 25 de Abril por um ideal de igualdade de oportunidades se deverão sentir desapontados. Os pais de Abril "orientaram-se", os filhos "safaram-se" e os netos, hoje, "lixam-se"! Com isto não estou a dizer que antigamente é que era bom, nada disso.
Julgo que não há revoluções perfeitas e obviamente o 25 de Abril não o foi. Mas acho que até foi mais no pós-Europa que se deu o maior abuso. E na era Socrática, claro.
De qualquer forma acho que é incomparavelmente mais acessível o acesso a condições de saúde e o acesso a educação de topo à população em geral quando comparado com o pré-25 de Abril. Aliás, basta ver os testes PISA e a taxa de mortalidade infantil, por exemplo.
Em termos de mobilidade social, temos uma tendência que se tem vindo a reforçar pelo lado negativo. Como é que um jovem pode sair de casa dos pais na aldeia, a centenas de kms, para vir trabalhar para Lisboa ou Porto receber um salário de 600€ e pagar habitação, comida, deslocações e vestuário? Não pode. Esse emprego fica para um outro jovem que mora com os pais nessa cidade. O jovem da aldeia, apesar de ter licenciatura e mestrado em Direito, poderá ter de ficar a trabalhar no pequeno café dos pais o resto da vida e lá se vai a mobilidade social…
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Re: Políticas para Portugal
Ocioso Escreveu:Bom, consegues concluir que tem havido uma tendência para piorar esse aspecto?
Qual aspecto? Melhores condições de vida para quem recebe directamente do OE em comparação com os restantes cidadãos? Futuro condicionado à nascença?
A parte do futuro condicionado à nascença.
Concordas, no entanto, que no pós-25 de Abril esse problema foi bastante amenizado comparado com a ditadura, certo?
Penso que aqueles que fizeram o 25 de Abril por um ideal de igualdade de oportunidades se deverão sentir desapontados. Os pais de Abril "orientaram-se", os filhos "safaram-se" e os netos, hoje, "lixam-se"! Com isto não estou a dizer que antigamente é que era bom, nada disso.
Julgo que não há revoluções perfeitas e obviamente o 25 de Abril não o foi. Mas acho que até foi mais no pós-Europa que se deu o maior abuso. E na era Socrática, claro.
De qualquer forma acho que é incomparavelmente mais acessível o acesso a condições de saúde e o acesso a educação de topo à população em geral quando comparado com o pré-25 de Abril. Aliás, basta ver os testes PISA e a taxa de mortalidade infantil, por exemplo.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
Bom, consegues concluir que tem havido uma tendência para piorar esse aspecto?
Qual aspecto? Melhores condições de vida para quem recebe directamente do OE em comparação com os restantes cidadãos? Futuro condicionado à nascença?
Concordas, no entanto, que no pós-25 de Abril esse problema foi bastante amenizado comparado com a ditadura, certo?
Penso que aqueles que fizeram o 25 de Abril por um ideal de igualdade de oportunidades se deverão sentir desapontados. Os pais de Abril "orientaram-se", os filhos "safaram-se" e os netos, hoje, "lixam-se"! Com isto não estou a dizer que antigamente é que era bom, nada disso.
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Re: Políticas para Portugal
Ocioso Escreveu:É por isto que é importante que o Estado esteja presente na regulação da sociedade, garantindo as condições de mobilidade social e dignidade a toda a população, através da educação, saúde e segurança social. Para evitar o que está a acontecer...
A mobilidade social em Portugal, actualmente, praticamente não existe, e uma das causas é o modelo que temos de redistribuição do Estado. Em geral, um jovem adulto que tenha pais funcionários públicos ou aposentados da CGA tem mais possibilidades de contar com a ajuda financeira dos progenitores, para abrir uma pequena empresa ou estudar, que outro que não tenha parentes próximos que recebam directamente do OE. E aqueles que elevados salários auferiram na vida activa, usufruem agora de pensões de valor bem acima da média nacional, desenvolvendo-se assim um potencial fenómeno de acumulação de riqueza em determinados estratos sociais, sendo o futuro da nova geração definido, em grande medida, pela lotaria do ventre de onde se irá nascer.
Bom, consegues concluir que tem havido uma tendência para piorar esse aspecto?
Concordas, no entanto, que no pós-25 de Abril esse problema foi bastante amenizado comparado com a ditadura, certo?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
Re: Políticas para Portugal
É por isto que é importante que o Estado esteja presente na regulação da sociedade, garantindo as condições de mobilidade social e dignidade a toda a população, através da educação, saúde e segurança social. Para evitar o que está a acontecer...
A mobilidade social em Portugal, actualmente, praticamente não existe, e uma das causas é o modelo que temos de redistribuição do Estado. Em geral, um jovem adulto que tenha pais funcionários públicos ou aposentados da CGA tem mais possibilidades de contar com a ajuda financeira dos progenitores, para abrir uma pequena empresa ou estudar, que outro que não tenha parentes próximos que recebam directamente do OE. E aqueles que elevados salários auferiram na vida activa, usufruem agora de pensões de valor bem acima da média nacional, desenvolvendo-se assim um potencial fenómeno de acumulação de riqueza em determinados estratos sociais, sendo o futuro da nova geração definido, em grande medida, pela lotaria do ventre de onde se irá nascer.
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