A REDITUS apresentou Proveitos Operacionais de 28,2 milhões de euros em 2022 e Resultado Líquido de 8,7 milhões de euros (30,9%), valor que representa mais do triplo do resultado também positivo de 2,7 milhões registado no ano anterior.
A Casa mãe gestora de 18 empresas, com este volume de negócios e resultados, não pode ter uma Capitalização em Bolsa de 395,2 mil Euros (fecho 11/9/2024). Uma “piada de mau gosto”, com movimentos diários na maioria da ordem dos 2000 Euros…
São conhecidas as causas de descontrolo financeiro pela falta / atraso de pagamento do cliente principal, foco da estratégia de desenvolvimento da empresa.
Com os bons resultados de 2022, não podendo distribuir dividendos (Plano Especial de Revitalização) 8,7 M€, mais os 37,060 M€ de clientes do sector público angolano recebidos no mês de maio de 2023, (informação demasiado importante para não ter sido comunicada à CMVM), mais uns prováveis 9M€ do resultado de 2023 (que estará para divulgação em breve), vai ficar a empresa com algum desafogo financeiro, cobrindo grande parte do passivo global do grupo e a reestruturação total antes dos 7 anos acordados.
Para uma empresa com potencial para voltar à “primeira liga” da Euronext Lisbon, pode muito bem contribuir para “engrossar o pelotão” dos “famigerados” 20 do PSI…
Havendo necessidade de “penalizar” a empresa pelos sucessivos atrasos na divulgação dos resultados em falta, apela-se ao Bom Senso por parte da CMVM e da Euronext relativamente à decisão de exclusão de negociação das ações representativas do capital social da Reditus na Euronext Lisbon.
Bastante sansão constituiria uma
interrupção / suspensão de negociação durante o tempo necessário até à apresentação de resultados.
Pormenor importante está ainda relacionado com o sentimento de impotência criado aos pequenos investidores do “freefloat” (50,36% da empresa), criado com notícias como a que apareceu no Jornal de Negócios no dia 6 set às 08:00, relatando a opinião de advogados, com base no historial neste tipo de situação:
Exclusão da Reditus deixa acionistas sem contrapartida
A mais antiga tecnológica da bolsa de Lisboa vai deixar de estar cotada a 16 de setembro. A saída, ditada pela Euronext, acontece depois de numerosos adiamentos de divulgação de resultados, primeiro relativos a 2021, depois a 2022 e 2023. Os advogados indicam que,
face à situação, não deverá haver lugar para contrapartida.
A Bem do futuro da Euronext Lisbon e da participação dos pequenos investidores…